O transporte alimentício é um segmento das operações logísticas que exige muito cuidado e trabalho especializado. Estamos falando sobre o que chega à mesa do consumidor — por isso, há o cuidado quanto à perecibilidade, à conservação das propriedades dos alimentos e a possíveis contaminações.
Às companhias de logística, especialmente no caso das transportadoras, precisam entender a fundo a importância desses cuidados específicos. Assim, lidar com empresas que tenham uma operação diferenciada e voltada aos alimentos é muito importante no processo. Tanto o manejo adequado quanto a infraestrutura de transporte ideal fazem a diferença para conservar as cargas no trajeto.
Neste conteúdo, falaremos um pouco mais sobre o transporte de alimentos no Brasil e quais são os cuidados necessários nas etapas de deslocamento de um ponto a outro. Confira!
O transporte alimentício é uma atividade comum no cotidiano de várias operações logísticas ao redor do país. Independentemente disso, há algumas restrições e orientações muito necessárias quando se trata de tal tipo de carga.
Basicamente, existe a preocupação em garantir que o alimento chegue aos distribuidores íntegro, conservado e próprio para o consumo. No entanto, o desafio consiste em garantir essas condições mínimas, uma vez que não é simples ter um cuidado dedicado e específico para os alimentos.
Vale lembrar que o Brasil tem em sua legislação orientações bem específicas para esse trabalho. Elas estão na Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) nº 326 e na Resolução da Anvisa nº 275.
As rodovias brasileiras têm um grande volume de demandas de transporte alimentício circulando durante todo o ano. Mas é importante estar atento às sazonalidades, ou seja, aos períodos em que determinados produtos (especialmente os perecíveis) estão com suas safras disponíveis e chegando ao mercado.
Segundo a FreteBras, no ano de 2019, os números foram os seguintes:
Em 2020, a estimativa tem tudo para ser ainda maior. O IBGE divulgou os dados de previsão para o setor e apontou que a safra brasileira de alimentos deve chegar a 240,9 milhões de toneladas. Consequentemente, todo esse volume de alimentos vai gerar muitos transportes e um cuidado ainda maior com a forma como ocorrem.
Cada tipo de carga tem uma exigência específica, o que impacta na sensibilidade a atritos e no risco de perecibilidade quanto à temperatura ambiente, entre outros detalhes. Portanto, os gestores que estão à frente da operação logística das empresas devem conhecer bem as leis apontadas neste conteúdo, de maneira a garantir que as principais práticas sejam cumpridas.
Para que o transporte alimentício seja feito sob os principais padrões, é necessário aplicar alguns cuidados básicos na rotina logística. A seguir, confira quais são as principais recomendações e entenda melhor a razão para que cada uma delas seja imprescindível!
O transporte precisa ocorrer no veículo mais adequado. Alguns alimentos não têm tanta exigência, mas outros, devido ao risco avançado de perecibilidade, requerem cabines de transporte com controle de temperatura.
Por isso, é fundamental conhecer cada categoria de alimento e qual veículo é recomendado:
As cabines refrigeradas são fundamentais para aqueles alimentos que precisam se manter em temperaturas controladas, sob risco de se tornarem impróprios para o consumo. Nesses casos, as transportadoras devem buscar prestadores de serviço que tenham veículos devidamente vistoriados e com o sistema de refrigeração funcionando bem.
Quanto à configuração do transporte, há apontamentos específicos sobre a temperatura ideal. Cada produto tem sua própria indicação de ambiente, portanto é fundamental respeitar isso. Alimentos que precisam estar em locais frios devem ser transportados em uma temperatura de 4º a 10º C, por exemplo. Já os congelados necessitam ficar entre – 12º e – 18º C.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define quais alimentos são perecíveis. A lista é composta por:
Alguns alimentos não podem ser transportados nas cargas de alto volume, já que isso colocaria em risco a integridade em possíveis empilhamentos ou mesmo atritos. Portanto, recomenda-se um nível de unidades ou até de peso para cada categoria dos alimentos.
O transporte alimentício deve respeitar a orientação de cada um, considerando também o bom senso da equipe de logística da empresa. Quanto mais experiente for a transportadora, melhor ela vai saber avaliar essa situação.
O manejo do transporte alimentício também faz toda a diferença, já que no momento de carga e descarga pode haver perda de algum volume. Por isso, todos os envolvidos no processo devem ser devidamente orientados e educados sobre a necessidade de cuidado com cada alimento.
Os ovos não podem ser manuseados de qualquer forma, assim como os tomates, já que ambos são frágeis. Além desse cuidado na carga e descarga, há exigências básicas quanto à higiene do processo, para impedir a contaminação daquilo que é manuseado.
Todo produto tem em sua etiqueta informações específicas sobre os cuidados necessários. Nesse impresso, há as instruções mais importantes relacionadas à conservação do item e às práticas fundamentais para manter suas propriedades.
Portanto, a equipe de operação e os transportadores não podem ignorar o que está descrito como orientação. Isso garante que o processo respeite todas as diretrizes para manter o alimento preservado e longe de qualquer problema.
Trabalhar com o segmento de transporte alimentício é uma grande responsabilidade, mas o processo se torna descomplicado se a empresa segue as orientações deste post. A proposta é sempre preservar a carga e entregar o melhor a distribuidores e consumidores.
Agora aproveite e saiba mais sobre as características e o funcionamento da plataforma de transporte de cargas da Fretebras!
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Bacharel em jornalismo pela UFJF e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela mesma instituição.
Especialista em SEO, Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo. Experiência em redação para diversas mídias e campanhas com foco no setor logístico e de transporte rodoviário.
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