Pandemia abalou o comércio e o setor de cargas no Brasil, mas trouxe aprendizado para a logística, que precisa de mais eficiência e agilidade.

A crise mundial gerada pela pandemia do covid-19, o coronavirus, sacudiu o mundo dos negócios também no Brasil e estendeu seus efeitos ao setor de cargas, que passou a acompanhar a adaptação de indústria e varejo aos tempos de quarentena. O reboliço nas entregas foi grande. 

A demanda por transportes rodoviários de cargas no país atingiu o recuo máximo de 45,2% entre 13 e 19 de abril. O índice vem sendo monitorado pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) desde meados de março quando os efeitos da pandemia começaram. A partir desse ponto, a demanda começou a apresentar uma tendência de recuperação.

Com a queda brusca no trabalho e na renda, somada a dificuldade de conseguir combustível para seguir viagem e a falta de locais para alimentação e higiene pessoal, os caminhoneiros e, consequentemente, as transportadoras, enfrentaram bravamente o início da quarentena e a paralisação quase total das atividades em geral.

Na verdade, o setor de cargas provou sua capacidade ao encarar os efeitos da crise do coronavírus e absorver as demandas. Muitas empresas deram seu jeito e o avanço do e-commerce ajudou.

Não é difícil concluir que a pandemia acelerou e consolidou algumas tendências que já vinham sendo planejadas e analisadas nos últimos anos. Para completar, o índice de demanda reagiu bem e fechou o semestre com 22% de retração, segundo a NTC&Logística.

Adaptação do setor de cargas foi rápida

A proibição do funcionamento de estabelecimentos comerciais fez aumentar as formas digitais de consumo em diferentes tipos de comércios.

Muitas empresas precisaram criar ou ampliar plataformas de atendimento online. Assim, sites e aplicativos foram empregados nessa empreitada e melhorados para garantir o maior alcance ao cliente em distanciamento social. 

As mercadorias tiveram de ser entregues em domicílio e isso teve seus efeitos no setor de cargas. As transportadoras precisaram mudar suas formas de trabalhar, foram contratados mais entregadores e os prazos foram alterados, o que fez aumentar a procura por tecnologias de rastreamento de cargas em tempo real.

As empresas de logística tiveram de se adaptar, adquirindo e utilizando mais os veículos de menor porte para atender com maior facilidade as demandas dos consumidores finais.

A expectativa aponta para uma alteração na matriz de transportes no Brasil, já que a tendência é que essa demanda B2C se mantenha superior ao que era antes do coronavirus.

Aprendizado do setor de cargas com a pandemia

A verdade é que todos os transtornos no setor de cargas causados pelo covid-19 têm ensinado novas formas de atuação às transportadoras brasileiras e isso deve ser mantido no pós-pandemia, visando melhorar os processos. 

O vírus que abalou as estruturas das cidades ressaltou a necessidade de uma cadeia de suprimentos mais ágil e eficiente. Nesse sentido, a inclusão de procedimentos digitalizados mostrou-se indispensável, já que possibilita o rastreamento preciso em tempo real.

Os conceitos de omniconsumer e omnichannel, que visam unificar a forma de consumo, independente do meio utilizado ou do canal, emergiram. Desse modo, o cliente executa a sua compra normalmente, independente do meio, sempre com interação e cobertura garantidas. 

Caso adquira um produto por meio online e queira trocá-lo, basta ir a uma loja física e todos os processos de logística serão executados normalmente. Mas esse conceito de logística reversa terá de ser aperfeiçoado e melhor conduzido pelas empresas de transportes e varejo, para proporcionar a melhor experiência de compra ao cliente.

Para a logística, a pandemia do coronavirus fez acelerar o processo de transformação digital e um dos caminhos para isso, apontados pelos especialistas em competitividade, tem sido a conexão das transportadoras e motoristas às plataformas de marketplace, específicas para o setor de cargas.

Com elas, empresas e prestadores de serviço cadastrados conseguem saber onde há cargas, o valor do frete ou otimizar rotas, entre outros serviços.

No primeiro semestre deste ano, a Fretebras, maior plataforma de publicação de fretes da América Latina, com aproximadamente 640 mil caminhoneiros cadastrados, alcançou a marca de dois milhões de fretes publicados, número 50% maior do que o registrado no mesmo período de 2019. 

Essa marca totalizou a quantia aproximada de R$ 20 milhões em fretes distribuídos aos caminhoneiros durante esse período. A base da plataforma conta com mais de 10 mil transportadoras, que publicam em torno de 20 mil fretes diariamente.

Os caminhoneiros, por sua vez, fizeram mais uso dos meios digitais para a pesquisa de fretes, segundo apurou a Fretebras.

Só no primeiro quadrimestre de 2020 esse movimento já registrava um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano passado.

O aplicativo para caminhoneiros da ferramenta atingiu a marca de 1,4 milhão de instalações nos primeiros seis meses do ano. 

A necessidade de tecnologia no setor de cargas

O significativo aumento das compras on-line na pandemia trouxe a pulverização das entregas como consequência para o setor de transportes.

Portanto, o momento é de avaliar a possibilidade de investir em modelos que dão certo no mundo com o uso de tecnologia, principalmente as que monitoram os custos que pesam no transporte. 

Dentre as principais tendências para o setor de cargas pós-covid, a tecnologia vinculada à logística deve se destacar:

 

Logística 4.0

Automatização de processos, agilidade no compartilhamento de informações, digitalização de atividades e robótica na otimização de serviços logísticos. Essa é uma das maiores tendências na logística. 

Internet das Coisas (IoT)

Opera entre dispositivos e sensores inteligentes, troca dados entre equipamentos e sistemas operacionais, facilitando a gestão logística, o transporte de cargas e o controle de entregas.

 

Inteligência artificial

 Gerencia elevadas quantidades de informações, cruza dados automaticamente, permite maior controle na cadeia de suprimentos, de forma ágil e eficiente.

 

Rastreamento por radiofrequência

Acompanha a evolução da rastreabilidade de produtos no transporte de cargas e valoriza a segurança na entrega de produtos.

Monitora a movimentação de cargas até mesmo em locais fechados e é imune a interferências dos inibidores de sinal, o que evita oscilações e facilita a gestão logística.

Resumindo, o que se vê hoje no setor de cargas é que a pandemia acabou impulsionando as empresas de transporte rumo à inovação e vem trazendo mudanças na relação com o consumidor, cada dia mais exigente. 

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