O agronegócio é uma das grandes potências do país. O PIB do setor cresceu 8,3% no ano de 2021. Em 2022, a expectativa é a de um novo aumento. Com o recorde de grãos (272,5 milhões de toneladas), estima-se um impacto de 3,5% no PIB agropecuário. Já deu para perceber o quanto a economia brasileira é influenciada pelo transporte de grãos, certo? Com os números em mente, surgiu a ideia de criar este texto. Abordaremos as etapas, curiosidades, projeções e dicas sobre o transporte de milho, especificamente. Vale a pena conferir!

 

Transporte de grãos

O transporte de grãos exige muito planejamento logístico. Por isso, o produtor, antes mesmo do plantio, deve estimar o volume da produção e definir o que fará com ela (silagem ou comercialização). Assim, a probabilidade do sucesso aumenta. Na sequência, traremos informações focadas no transporte de milho. Acompanhe!

 

Como é feito o transporte de milho?

Vale ressaltar que o tempo entre a semeadura e a colheita está diretamente ligado às condições climáticas, variando de região para região — oscila entre 110 e 180 dias. Alguns agricultores preferem plantas aprimoradas, cujo ciclo de cultivo termina a partir de dois meses.

Com o cereal pronto, deve-se fazer a classificação dele. O procedimento garantirá que o padrão de qualidade do produto atenda às exigentes demandas do mercado. É importante tomar nota de elementos como a pureza dos grãos antes de repassá-lo ao comprador. Feito isso, hora da armazenagem. Controle a temperatura e a umidade a fim de preservar a integridade do milho.

Os grãos fazem parte da categoria carga a granel, ou seja, não são envolvidos por embalagens. Portanto, os caminhões indicados à atividade são o graneleiro ou o basculante. Os veículos deixam as mercadorias bem vedadas (protegendo contra o sol e a chuva), apresentam guardas laterais fechadas, além de facilitar o carregamento e o descarregamento por conta da flexibilidade da carroceria.

Cabe ao transportador usar as lonas de vedação e outros acessórios (exemplo: malhas metálicas) para reter a mercadoria no veículo. Como boa prática, a carroceria deve ser higienizada após cada viagem, de forma a ficar longe de fungos e pragas. E tem mais dicas! Não ultrapassar a capacidade de carga do veículo e treinar os condutores sobre manobras de segurança nas estradas ajudará no combate à perda de grãos durante a distribuição.

 

O que gerou o aumento no preço do frete do milho?

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou alguns fatores que contribuíram para o aumento no preço do frete do milho em 2022. Além da variação no preço do diesel, houve a migração de alguns prestadores de serviço para o Centro-Oeste, região responsável pela produção de mais da metade do milho brasileiro. Então, houve limitação geográfica nas condições de oferta e de procura.

Outro ponto a ser considerado no encarecimento do serviço é a coincidência com o escoamento da safra de soja, fato que divide ainda mais os transportadores. Como resultado, o quadro enxuto de veículos fez com que o valor do frete, dependendo dos pontos de origem e destinos, aumentasse entre 14% e 67%.

 

Qual será a safra recorde de milho na safrinha?

Em 2022, o clima foi bastante favorável aos grãos na safrinha. O cultivo do milho também recebeu o impacto positivo. Nesse sentido, a expectativa é a de mais um número recorde na colheita. Podemos alcançar a maior quantidade já produzida do grão na 2ª safra: 88,4 milhões de toneladas, o que equivale a um aumento de 32,8% em relação ao ano anterior. A previsão foi de 16 milhões de hectares plantados do cereal, representando um crescimento de 7%.

Quer entender melhor os conceitos da agricultura? A safra, também conhecida como 1ª safra, costuma ser o período mais lucrativo para os agricultores. Na maior parte das culturas, incluindo o milho, ela tem início na estação das chuvas, a partir de outubro. Clima, temperatura, umidade e luz exercem influência no plantio.

A safrinha, ou 2ª safra, oferece um volume produtivo menor. Aqui, as culturas enfrentam períodos mais quentes (iniciados em janeiro), não tão favoráveis quanto o clima da safra. No entanto, o milho se destacou bastante, atingindo um volume próximo ao da primeira safra. Também há, em alguns cereais, o período da entressafra (entre a primeira e segunda safra).

 

Quanto se perde no transporte de grãos?

De acordo com dados do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (EsalqLog), em 2020, 1,34 milhão de toneladas de milho se perderam no transporte. Desse número, 12,7% está relacionado à movimentação rodoviária. A dificuldade de movimentar o cereal em trechos ruins, não pavimentados, contendo buracos, além da não proteção correta dos grãos no caminhão e a imperícia na direção são responsáveis pelo problema.

Ao longo do conteúdo você acompanhou dados importantes do transporte de grãos, sobretudo ligados ao transporte de milho. Os números da cultura são favoráveis. Nossa principal recomendação de sucesso, resumindo todas as outras, é estar preparado. Somente com planejamento será possível suprir a demanda do setor. Contar com uma frota digital pode ser a solução. Ela gera facilidade, eficiência e segurança com preço justo. Teste gratuitamente a Fretebras!

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