Quais foram os produtos mais transportados na indústria em 2022?

Para descobrir quais foram os produtos mais transportados na indústria em 2022, cola com a gente, porque vamos te contar tudo! Mesmo com os altos e baixos durante o ano passado, principalmente por causa da alta taxa de juros, alguns itens conseguiram se destacar.

Além de detalhar tudo isso, também vamos falar das previsões para 2023 e fazer uma análise do assunto no cenário nacional. Acompanha aí!

Cenário da indústria no Brasil

Com o desempenho da indústria nacional ainda abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), o setor enfrentou um cenário desafiador em 2022. A alta taxa de juros foi apontada como a principal vilã, dificultando os negócios e prejudicando as empresas que dependem muito de crédito para as suas operações.

Apesar dos momentos turbulentos, alguns itens conseguiram bons resultados, como é o caso do ramo de produtos alimentícios. Para você ter uma ideia, o ramo registrou um aumento de 2,4% na produção comparado ao mesmo período de 2021. As exportações e a retomada do mercado interno, com destaque para o “food service”, contribuíram para esse desempenho.

Na nossa plataforma, os produtos industrializados representaram 27% dos fretes de 2022. Isso significa que a área impulsionou R$27 bilhões. Mais um dado interessante é que o volume de cargas no setor cresceu 21,9% em comparação com 2021.

Produtos mais transportados na indústria em 2022

Os produtos mais transportados na indústria em 2022 foram:

• Alimentícios 19,4% (em relação ao total de fretes da indústria)
• Máquinas-equipamentos 10,8%
• Siderúrgicos 8,5%
• Reciclagem 6,9%
• Papel-celulose 5,3%

Alimentícios

Os produtos alimentícios lideram o ranking de produtos mais transportados na indústria em 2022, com um aumento significativo na produção e uma crescente demanda no mercado interno e externo.

A indústria brasileira de alimentos teve um faturamento de mais de R$ 1 trilhão. Desse valor, as vendas para o mercado interno representaram 72% do total, enquanto as exportações corresponderam a 28%.

Como tendência, a categoria de alimentação fora do lar (food service), agrupando restaurantes, bares e lanchonetes, cresceu quase 10%. Também foram criados 58 mil postos de trabalho na indústria de alimentos, que agora emprega 1,8 milhão de pessoas.

Máquinas e equipamentos

A área apresentou um crescimento de 16,1% em seu volume de carga transportada em 2022, em comparação com o ano anterior. Esse aumento é atribuído em parte ao aumento na produção de veículos leves e pesados, conforme relatado pela Associação das Montadoras (Anfavea).

Apesar do crescimento da indústria automotiva, a falta de semicondutores (problema global relacionado à baixa distribuição do componente desde a pandemia) vem afetando a produção e a logística de empresas do setor de transporte. A expectativa, em 2023, é a chegada de tecnologias inovadoras, que podem tornar o transporte ainda mais moderno e sustentável.

Siderúrgicos

A indústria siderúrgica brasileira se destacou em 2022 com um desempenho que ficou entre os melhores da última década, segundo o Instituto Aço Brasil (IABr). E o transporte também foi bom, graças ao trabalho árduo de toda a cadeia produtiva, desde a produção nas 31 usinas do país até o transporte em caminhões e trens para diversos destinos.

Mas também há desafios a serem enfrentados. A ociosidade nas usinas ainda é um problema, já que a capacidade produtiva é maior do que a demanda atual. E para 2023, a previsão é de estabilidade no mercado.

Reciclagem

O setor de reciclagem também foi destaque no transporte industrial. Parte desse resultado está relacionado ao fato de que, em 2022, a produção de plásticos reciclados superou a marca de 1 milhão de toneladas pela primeira vez, com um aumento de 14,3% em relação ao ano anterior. E não é só isso, o índice de plásticos pós-consumo que foram reciclados também ficou bem alto, em 23,4%.

Papel-celulose

A produção de fibra bateu um novo recorde em 2022, chegando a 25 milhões de toneladas, e as exportações também atingiram um patamar histórico, com 19,1 milhões de toneladas enviadas para fora do país. Com isso, o Brasil se firmou como o maior exportador de celulose do mundo, deixando o Canadá e os Estados Unidos para trás.

E não para por aí, a fabricação de papel também teve um ótimo desempenho, com um recorde de 11 milhões de toneladas produzidas, impulsionada pelos papéis para embalagem e fins sanitários. As exportações de papel também bateram um novo recorde, chegando a 2,5 milhões de toneladas.

O transporte de produtos da indústria no Brasil

Os estados que mais se destacaram em relação ao volume de transportes na indústria em 2022 foram:

• São Paulo 29,8%
• Paraná 14,4%
• Minas Gerais 10,9%
• Goiás 7,5%
• Santa Catarina 6,6%

A região denominada Centro-Sul dominou os fretes de artigos da indústria, com destaque para São Paulo, que liderou os fretes do setor, com destaque para máquinas e equipamentos, alimentícios e papel-celulose.

O Paraná veio na sequência, pegando boa parte dos fretes de alimentícios, máquinas e equipamentos e papel-celulose. Fechando o top 3, Minas Gerais colocou nas rodovias considerável volume dos fretes de alimentícios, siderúrgicos e máquinas e equipamentos.

Goiás e Santa Catarina representaram, respectivamente, 7,5% e 6,6% dos fretes da indústria, sobretudo de alimentos, itens de reciclagem e máquinas e equipamentos.

Apesar das dificuldades enfrentadas por algumas áreas da indústria, principalmente geradas pela alta dos juros, a perspectiva é de melhora nos negócios. Em 2023, a previsão é de aumento de demanda e também de novas contratações.

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