Finanças, dinheiro, contas: esses assuntos te preocupam ou você está tranquilo sobre isso? A resposta diz muito como está a sua saúde financeira.
Seja qual for o seu caso, preparamos algumas dicas para você caminhoneiro. Elas servem tanto para quem precisa aprender a organizar as finanças, como também para quem quer melhorar o controle financeiro. Veja abaixo.
Por que cuidar da saúde financeira?
Segundo a Serasa, em julho de 2024, 72,66 milhões de brasileiros estão inadimplentes, ou seja, com o “nome sujo”. Para ficar longe dessa estatística, é importante ter controle financeiro.
A situação pode complicar para quem é autônomo. Por ser a sua “própria empresa”, todos os custos e gastos para trabalhar são de responsabilidade do caminhoneiro.
Assim, a organização financeira deve fazer parte da sua rotina. Com isso, a vida na estrada vai ser uma fonte de renda segura e saudável.
1. Separe os gastos pessoais dos profissionais
Misturar os custos do trabalho com os gastos pessoais é o principal erro que o motorista deve evitar. Os principais gastos pessoais que você precisa separar são:
- Aluguel ou financiamento da moradia;
- Contas básicas como água, energia e gás;
- Alimentação;
- Internet e telefone.
O ideal é ter um pró-labore, ou seja, um valor que será o seu salário pessoal. Já o restante do faturamento deve ficar rendendo no caixa da empresa. Você pode se programar para no final do ano pegar uma parte desse lucro como um bônus.
Dentro do possível, tenha uma conta bancária para as despesas pessoais e outra para as profissionais.
2. Fluxo de caixa ou planilha de gastos
Fazer um fluxo de caixa ou uma planilha de ganhos e gastos é o primeiro passo para saber como o dinheiro está sendo gasto.
Para fazer isso, use o que você estiver mais acostumado, ok? Vale anotar em agendas ou cadernos, lançar os valores em aplicativos de celular ou até mesmo criar arquivos digitais para ter esse controle financeiro.
Deixe uma coluna ou um lado do papel para colocar as entradas, que serão os pagamentos que você recebe. Do outro lado, anote os gastos, ou saídas. Eles incluem seu salário mensal, custos da viagem, outras taxas e gastos fixos (vamos falar sobre eles daqui a pouco).
É importante reforçar que o valor total das entradas deve ser maior que a soma de todos os gastos para não ter prejuízo.
Outro ponto importante é sobre o salário que você vai definir: dependendo da carga que transporta, pode ter épocas de alta e baixa demanda de serviço. Se for esse o caso, se prepare: reserve uma quantia para esses momentos com menos viagens, ou busque fretes rápidos para fazer.
3. Calcule bem quanto gasta em cada viagem
Apareceu uma proposta de frete? Que ótimo! Agora é hora de fazer as contas. Anote tudo o que vai precisar:
- Quilometragem da rota ou de cada trecho;
- Consumo de combustível;
- Gastos com alimentação;
- Valor da hospedagem;
- Pagamento de pedágios.
Saber tudo isso vai dar uma noção dos custos envolvidos. Mas ainda tem mais detalhes que você precisa incluir.
4. Gastos fixos
Se engana quem pensa que os custos só envolvem os gastos de cada frete. Para ter sucesso na estrada, é essencial saber o quanto gasta com algumas taxas fixas:
- Impostos como IPVA, DPVAT e licenciamento;
- Documentos e exames, por exemplo, renovação da CNH (ou Carteira Nacional de Habilitação) e exame toxicológico;
- Manutenção preventiva e preditiva;
- Seguro do veículo.
Existe um gasto que poucas pessoas consideram: a “depreciação de equipamento”. Todos seus equipamentos de trabalho têm vida útil e você pode criar um caixa para troca. Vamos usar o celular como um exemplo. Ele é útil para falar com clientes e acessar a Fretebras.
Um aparelho de celular pode ficar ultrapassado em cerca de 4 anos. Se ele custa em torno de 2 mil reais, você pode aplicar 50 reais por mês. Assim, quando seu aparelho estiver desatualizado, você tem um dinheiro rendendo preparado para comprar um novo.
Quando a renda estiver estável, considere também em 11 meses do ano guardar 10% do que é seu salário para poder tirar “férias”. Daí você poderá descansar, ter mais momentos com a família e passear mais.
5. Reserva para emergências e outros gastos necessários
Imprevistos acontecem e, por isso, ter uma reserva para eles vai te livrar de muita dor de cabeça. Então, se possível guarde entre 20% a 30% do que ganha para emergências, combinado?
Elas podem incluir gastos inesperados com o caminhão, novas taxas, multas, problemas mecânicos, acidentes ou até mesmo épocas com baixa demanda de fretes.
Além disso, existe uma dica que é aplicar (em um fundo de resgate imediato) ou guardar o valor de cerca de 3 a 6 meses das suas despesas profissionais gerais. Isso vai te salvar do sufoco num mês que ficou doente ou a safra foi baixa.
Não precisa esperar ter todo esse dinheiro de uma vez para guardar, mas se guardar um pouquinho por mês, com o tempo você atinge essa estabilidade.
Falando em coisas boas, esse dinheiro pode servir para planos como comprar um caminhão ou realizar outros sonhos.
6. Aprenda sempre sobre assuntos financeiros
Aproveite os momentos na estrada ou enquanto carrega e descarrega o caminhão para entender melhor sobre finanças.
Vale a pena seguir canais em redes sociais ou acompanhar podcasts que falam sobre o assunto. Você vai aprender dicas úteis que podem te ajudar a manter ou conquistar a saúde financeira.
Planejamento + organização + realização = tranquilidade
Viu só quanta coisa dá para fazer? Se seguir esses passos, você vai pegar a estrada com menos preocupações e mais tranquilidade!
Não precisa se desesperar caso não aplique ainda tudo o que falamos aqui. Comece aos poucos, seguindo uma dica por vez. Sua saúde financeira e mental vão melhorar e daqui um tempo você vai ver que valeu a pena dar o primeiro passo.
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Formada em letras e atua na área de redação e revisão de textos de diversos formatos, como blogs, sites, mídias sociais e manuais.