Os fretes aumentaram, e isso é muito bom! Mas o interessante é que vários setores contribuíram para esse crescimento.

Gosta de boas notícias sobre fretes e cargas? Então, fique aqui porque temos excelentes números para te contar sobre o primeiro semestre de 2024.

Entendendo melhor o aumento

Os dados da Fretebras indicaram um aumento no volume de fretes rodoviários no Brasil entre janeiro e junho de 2024. Esse número cresceu 13,9% em comparação com a mesma época (primeiro semestre) de 2023.

Para entender melhor, isso quer dizer que foram mais de 4,8 milhões de fretes analisados na plataforma da Fretebras.

Principais setores que tiveram aumento

Os três setores que tiveram mais demanda por fretes foram o agronegócio, produtos industrializados e a construção civil. Confira a seguir mais detalhes.

Agronegócio

O agronegócio teve aumento de 13,7%. E isso foi graças ao crescimento da soja de 52,9% em relação ao primeiro semestre de 2023.

Plantação de soja no fundo. Mãos de uma pessoa na frente segurando grãos de soja.

Na plataforma da Fretebras, as cargas de soja correspondem a 28% dos fretes do agronegócio.

 

Ainda sobre a soja, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior, ou Secex, o total exportado atingiu 64,15 milhões de toneladas.

Mas não foi apenas a soja que ajudou nesse crescimento. O milho também apresentou resultados bem expressivos. Ele teve aumento de 7,8%, o que representa 13% das cargas do agronegócio na plataforma.

Plantação de milho com milhos prontos para colheita.

O estado do Mato Grosso é o principal responsável pela produção de milho.

 

Já sobre os fretes de fertilizantes, não aconteceu o mesmo. Eles tiveram queda de 3,8% nas cargas. A Agência Nacional para a Difusão do Adubo (Anda) divulgou que o Brasil importou 10,4 milhões de toneladas de fertilizantes entre janeiro e abril de 2024. Esse número foi o pior desde 2021.

Em relação ao agronegócio, Federico Vega, CEO da Fretebras, dá mais informações:

“Apesar de problemas nas safras, por conta das fortes chuvas do início do ano, principalmente no Rio Grande do Sul, […] o agronegócio ainda conseguiu demonstrar a sua força, puxando o crescimento do volume de fretes no semestre. A soja é sempre um destaque, já que movimenta diversos fretes pelo Brasil todo.”

Produtos industrializados

Os produtos industrializados também ajudaram nesse crescimento. No caso desse segmento, o aumento de fretes foi de 7,2%.

Na verdade, no caso de todo o setor, aconteceu uma queda. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a diminuição foi de 0,3% na taxa total da produção industrial.

Mesmo assim, algumas áreas não foram afetadas. É o caso dos produtos alimentícios, que tiveram crescimento de 9,3%, e das máquinas e equipamentos, que conseguiram 7,8% de aumento.

Construção civil 

Em relação à construção civil, ela cresceu 19,3%. O principal responsável por esse número foi o cimento.

Saco de cimento sobre o chão. Na parte superior, no canto direito, uma mão está segurando uma colher de pedreiro e pegando cimento do saco.

Os fretes de cimento tiveram aumento de 34,1%.

 

O estado de Minas Gerais é o principal fornecedor de cimento. Lá estão concentrados 65% de todos os fretes de cimento da plataforma da Fretebras.

O CEO da Fretebras comenta:

“O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, ou SNIC, divulgou que o setor produziu 30,6 milhões de toneladas de cimento no primeiro semestre de 2024, um crescimento de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023 […] mesmo com um cenário econômico incerto, […] o setor de construção civil não parou de crescer e deve continuar desta forma nos próximos meses.”

Os fretes de cada região do país

Entre as regiões, o Centro-Oeste foi o que mais cresceu na quantidade de cargas, com 25,3%. Em seguida vem o Sudeste, com 15,6%. O Sul está em terceiro lugar, com 9,1%, e o Nordeste teve 2,9%. 

Os números de alguns estados

Quer saber como foi o desempenho de alguns estados? Veja abaixo:

  • Mato Grosso do Sul: aumento de 50,6%;
  • Santa Catarina: crescimento de 23,1%;
  • Mato Grosso: aumento de 22,4%;
  • Minas Gerais: crescimento de 21,9%;
  • Goiás: aumento de 18,6%;
  • Rio Grande do Sul: redução de 2,3%. Essa diminuição é por conta das inundações que afetaram o estado. 

Federico Vega, CEO da Fretebras, dá mais detalhes sobre esses resultados:

“Pudemos perceber que o Rio Grande do Sul ainda está caminhando para se reestruturar, o que é demonstrado no volume de fretes. Porém, os outros estados seguem com crescimentos, com a soja e o milho puxando o aumento em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.”

Como foram feitos os cálculos?

As informações e análises foram feitas com base nos dados da Fretebras. A empresa é a maior plataforma de transporte rodoviário de cargas da América Latina.

Por isso, a empresa conta com mais de 900 mil caminhoneiros cadastrados e 25 mil empresas assinantes.

Já sobre os fretes publicados na plataforma, eles cobrem 99% do território nacional. Ou seja, os valores foram calculados por quem entende do ramo e faz parte da história do frete brasileiro.

Por que teve esse aumento?

O CEO da Fretebras explica os motivos do aumento das cargas:

“Estamos sempre buscando formas de tornar o processo de busca e contratações de fretes mais rápido e eficiente […] Recentemente lançamos funções em nossa plataforma, com Inteligência Artificial, que tornam as contratações mais certeiras, com indicações de caminhoneiros mais propícios a fechar os fretes, além de uma otimização na precificação dos fretes, o que tem ajudado as transportadoras a lucrarem mais. Além das funções de segurança, que tornam o processo de contratação de fretes menos arriscado”.

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