Todo transporte de carga tem relação com as necessidades da população e precisa de cuidados diferenciados.
As cargas perigosas estão entre as principais cargas transportadas nas rodovias, e por se tratarem de produtos com grande demanda e periculosidade, é importante que sejam movimentadas com eficiência e segurança.
É classificada como carga perigosa todo carregamento que contém produtos que foram embarcados, transportados e armazenados de forma inadequada. Toda carga não identificada na embalagem, sinalização ou transporte é considerada potencialmente perigosa.
Produtos perigosos são todos os materiais de origem química, radiológica ou biológica que podem causar riscos à saúde, à segurança pública e ao meio ambiente.
Carga perigosa e produto perigoso não são sinônimos. A diferença entre os termos está no grau de risco. Um produto perigoso é sempre uma carga perigosa, mas nem sempre uma carga perigosa é um produto perigoso. Vamos entender melhor a seguir.
É importante conhecer os tipos de carga perigosa para facilitar e saber como agir no gerenciamento de risco. Conforme a última atualização da Resolução 5.232/16, são identificados mais de 3 mil produtos perigosos divididos em classes e subclasses.
A classe 1 engloba explosivos. Como exemplo, é possível mencionar o rojão e a pólvora.
Essa classe envolve gases, com o adendo de que possui subclasses, para gases inflamáveis, não-inflamáveis e também gases tóxicos.
A classe 3 está relacionada com líquidos inflamáveis, como a gasolina e o diesel, por exemplo.
Já a quarta classe, diz respeito a ativos sólidos inflamáveis, como o carvão de churrasco. Assim como no dos gases, essa classe também apresenta subclasses, para separar sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão espontânea e substâncias que emitem gases inflamáveis – em contato com água.
A classe 5, por sua vez, envolve oxidantes e peróxidos orgânicos, como a água oxigenada, por exemplo. Assim como a classe de gases e sólidos infláveis, também possui subclasses.
A classe 6 diz respeito à substâncias tóxicas e infectantes, como pesticidas, bastante utilizados no agronegócio.
Nesta classe, estão os materiais radioativos, como o césio e o rádio.
Na classe 8, os materiais fazem parte da categoria de substâncias corrosivas, como a soda cáustica, por exemplo.
A classe 9 está intimamente relacionada à substâncias perigosas diversas, como fertilizantes e graxa.
Para circular com produtos perigosos são necessários documentos específicos. Segue abaixo a relação dos documentos obrigatórios para o motorista e para a carga perigosa:
Documento fiscal;
Declaração do expedidor dos produtos perigosos;
Ficha de emergência;
Envelope para transporte;
Requisição de Transporte (RT);
Licença de operação para viagens interestaduais;
Licença de funcionamento ou certificado de registro da Polícia Federal
Ficha de monitoração da carga e do veículo rodoviário.
Guia de tráfego;
Para realizar o transporte de cargas perigosas é obrigatório um treinamento que antes era chamado de Movimentação de Produtos Perigosos (MOPP) e foi alterado para Transporte de Produtos Perigosos (TPP). Neste curso de formação e reciclagem é abordado:
Para garantir que o transporte de cargas perigosas seja seguro é necessário escolher o melhor tipo de veículo. Segue abaixo alguns dos veículos mais populares para o transporte de cargas perigosas:
O caminhão-tanque é um dos tipos mais utilizados, principalmente para as cargas que exigem atenção, como o transporte de líquidos inflamáveis e gases.
O caminhão-baú é uma opção utilizada caso a carga precise ser mantida refrigerada ou climatizada.
O caminhão basculante é muito utilizado para o transporte de substâncias como minério de ferro.
O caminhão-sider tem a carroceria fechada sendo utilizado para transportar produtos sólidos.
O caminhão bitrem é formado por dois semirreboques com uma quinta roda de apoio (engate) e pode transportar diversos líquidos e componentes inflamáveis.
Quando realizado de forma inadequada o transporte de cargas perigosas representa riscos para todos os envolvidos.
O transporte rodoviário está sujeito a acidentes e o tombamento de carretas é a principal ocorrência desse tipo de acidente.
Os principais riscos são de explosões e incêndios, intoxicação de pessoas por inalação, ingestão e absorção cutânea ou contaminação do ambiente.
As cargas perigosas estão regulamentadas pela lei nº 10.233 e a entidade responsável é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
É função da ANTT garantir a segurança no transporte de produtos perigosos em rodovias e ferrovias de todo território nacional.
Os equipamentos utilizados para proteção individual (EPIs) são fundamentais para a rotina dos motoristas de transporte de cargas perigosas.
O uso do EPI depende do risco ao qual o profissional está exposto.
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Bacharel em jornalismo pela UFJF e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela mesma instituição.
Especialista em SEO, Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo. Experiência em redação para diversas mídias e campanhas com foco no setor logístico e de transporte rodoviário.
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