Todo transporte de carga tem relação com as necessidades da população e precisa de cuidados diferenciados.

As cargas perigosas estão entre as principais cargas transportadas nas rodovias, e por se tratarem de produtos com grande demanda e periculosidade, é importante que sejam movimentadas com eficiência e segurança.

 

O que são cargas perigosas?

É classificada como carga perigosa todo carregamento que contém produtos que foram embarcados, transportados e armazenados de forma inadequada. Toda carga não identificada na embalagem, sinalização ou transporte é considerada potencialmente perigosa.

 

O que são produtos perigosos?

Produtos perigosos são todos os materiais de origem química, radiológica ou biológica que podem causar riscos à saúde, à segurança pública e ao meio ambiente.

 

Qual a diferença entre carga perigosa e produto perigoso?

Carga perigosa e produto perigoso não são sinônimos. A diferença entre os termos está no grau de risco. Um produto perigoso é sempre uma carga perigosa, mas nem sempre uma carga perigosa é um produto perigoso. Vamos entender melhor a seguir.

 

Tipos de carga perigosa

É importante conhecer os tipos de carga perigosa para facilitar e saber como agir no gerenciamento de risco. Conforme a última atualização da Resolução 5.232/16, são identificados mais de 3 mil produtos perigosos divididos em classes e subclasses.

 

Classe 1

A classe 1 engloba explosivos. Como exemplo, é possível mencionar o rojão e a pólvora.

Classe 2

Essa classe envolve gases, com o adendo de que possui subclasses, para gases inflamáveis, não-inflamáveis e também gases tóxicos.

  • Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis (exemplo acetileno, amoníaco, etc);
  • Subclasse 2.2 – Gases não-inflamáveis, não-tóxicos (exemplo butano, propano, etc);
  • Subclasse 2.3 – Gases tóxicos (exemplo cianeto de hidrogênio, cloro, etc).

Classe 3

A classe 3 está relacionada com líquidos inflamáveis, como a gasolina e o diesel, por exemplo.

Classe 4

Já a quarta classe, diz respeito a ativos sólidos inflamáveis, como o carvão de churrasco. Assim como no dos gases, essa classe também apresenta subclasses, para separar sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas a combustão espontânea e substâncias que emitem gases inflamáveis – em contato com água.

  • Subclasse 4.1 – Sólidos inflamáveis;
  • Subclasse 4.2 – Substâncias sujeitas a combustão espontânea;
  • Subclasse 4.3 – Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.

Classe 5

A classe 5, por sua vez, envolve oxidantes e peróxidos orgânicos, como a água oxigenada, por exemplo. Assim como a classe de gases e sólidos infláveis, também possui subclasses.

  • Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes;
  • Subclasse 5.2 – Peróxidos orgânicos.

Classe 6

A classe 6 diz respeito à substâncias tóxicas e infectantes, como pesticidas, bastante utilizados no agronegócio.

  • Subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas;
  • Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes.

Classe 7

Nesta classe, estão os materiais radioativos, como o césio e o rádio.

Classe 8

Na classe 8, os materiais fazem parte da categoria de substâncias corrosivas, como a soda cáustica, por exemplo.

Classe 9

A classe 9 está intimamente relacionada à substâncias perigosas diversas, como fertilizantes e graxa.

Documentação necessário para o transporte de cargas perigosas

Para circular com produtos perigosos são necessários documentos específicos. Segue abaixo a relação dos documentos obrigatórios para o motorista e para a carga perigosa:

  • Motorista
  • Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • Carteira de identidade (RG);
  • Documentação do veículo;
  • Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV);
  • Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam);
  • Certificado de conclusão do curso de Transporte de Produtos Perigosos (TPP);
  • Seguro obrigatório;
  • Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
  • Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel (CIPP)

Cargas Perigosas

Documento fiscal;
Declaração do expedidor dos produtos perigosos;
Ficha de emergência;
Envelope para transporte;
Requisição de Transporte (RT);
Licença de operação para viagens interestaduais;
Licença de funcionamento ou certificado de registro da Polícia Federal
Ficha de monitoração da carga e do veículo rodoviário.
Guia de tráfego;

A necessidade de contar com MOPP

Para realizar o transporte de cargas perigosas é obrigatório um treinamento que antes era chamado de Movimentação de Produtos Perigosos (MOPP) e foi alterado para Transporte de Produtos Perigosos (TPP). Neste curso de formação e reciclagem é abordado:

  • Legislação de trânsito
  • Legislação que se aplica a produtos perigosos
  • Movimentação de produtos perigosos
  • Direção defensiva para veículos pesados
  • Primeiros socorros

Qual o melhor tipo de caminhão para essa modalidade de frete?

Para garantir que o transporte de cargas perigosas seja seguro é necessário escolher o melhor tipo de veículo. Segue abaixo alguns dos veículos mais populares para o transporte de cargas perigosas:

Caminhão-tanque

O caminhão-tanque é um dos tipos mais utilizados, principalmente para as cargas que exigem atenção, como o transporte de líquidos inflamáveis e gases.

Caminhão-baú

O caminhão-baú é uma opção utilizada caso a carga precise ser mantida refrigerada ou climatizada.

Caminhão basculante

O caminhão basculante é muito utilizado para o transporte de substâncias como minério de ferro.

Caminhão-sider

O caminhão-sider tem a carroceria fechada sendo utilizado para transportar produtos sólidos.

Caminhão bitrem

O caminhão bitrem é formado por dois semirreboques com uma quinta roda de apoio (engate) e pode transportar diversos líquidos e componentes inflamáveis.

Quais são os principais riscos?

Quando realizado de forma inadequada o transporte de cargas perigosas representa riscos para todos os envolvidos.

O transporte rodoviário está sujeito a acidentes e o tombamento de carretas é a principal ocorrência desse tipo de acidente.

Os principais riscos são de explosões e incêndios, intoxicação de pessoas por inalação, ingestão e absorção cutânea ou contaminação do ambiente.

Qual o papel da ANTT nesse contexto?

As cargas perigosas estão regulamentadas pela lei nº 10.233 e a entidade responsável é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

É função da ANTT garantir a segurança no transporte de produtos perigosos em rodovias e ferrovias de todo território nacional.

 

A importância de contar com EPIS

Os equipamentos utilizados para proteção individual (EPIs) são fundamentais para a rotina dos motoristas de transporte de cargas perigosas.

O uso do EPI depende do risco ao qual o profissional está exposto.

A Fretebras conta com mais de 640 mil caminhoneiros autônomos para transportar o seu frete e te ajudar no planejamento de transporte de cargas perigosas. Experimente por 7 dias grátis. Para consultar outros conteúdos como esse, visite o Blog Fretebras.

Você já conhece a Fretebras e sabe como podemos ajudar a sua transportadora?

Aqui, você se conecta mais rápido com quem precisa de fretes e deixa sua operação mais ágil, eficiente e rentável. Preencha o formulário abaixo e fale com os nossos especialistas em logística: