A busca por melhorias deve ser contínua nos processos logísticos das empresas de transporte de cargas. Para isso, é necessário acompanhar e medir o desempenho de várias áreas com os chamados indicadores logísticos. Afinal, o que não pode ser medido não pode ser gerenciado.
Os indicadores logísticos, os chamados KPI’s – Key Performance Indicator (indicadores chave de performance), são um conjunto de métricas quantitativas importantes que apontam a eficiência da empresa no cumprimento de suas tarefas.
Em outras palavras, o objetivo dos indicadores logísticos é medir o nível de serviço nos diferentes processos que a empresa dispõe.
Eles ajudam a conhecer os pontos fortes e fracos do transporte de mercadorias. Ao medir os resultados dos processos da transportadora com esses indicadores será possível monitorar a realização de cada atividade e corrigir os gargalos.
Esse monitoramento é importante para que a empresa mantenha um bom padrão de qualidade, principalmente as pequenas e médias transportadoras que mais enfrentam esse desafio junto ao da concorrência acirrada.
O processo deve ser personalizado, ou seja, a forma com que os indicadores logísticos serão medidos vai depender da estratégia de cada negócio.
Vale ressaltar que os indicadores logísticos a serem utilizados no transporte de cargas devem ser de fácil compreensão para os colaboradores, pois assim eles saberão como calcular e o que fazer para cumprir o direcionamento estabelecido. Resumindo, esses números colaboram para que se as decisões estratégicas e as demandas dos clientes se tornem realidade na empresa.
Esse indicador logístico indica o custo total da transportadora com o transporte de cargas, algo de grande importância frente ao alto custo de operação do setor, principalmente em segmentos como comércio e indústria. Essas avaliações periódicas são essenciais para o bom andamento dos negócios.
Entre os mais importantes indicadores logísticos, o OTIF se destaca. Ele diz respeito à eficiência logística pela ótica do consumidor, mensura como a empresa cumpre os prazos de entrega (on time) e a eficiência dos processos de entrega (in full), ou seja, local correto, entrega completa, erros ou falhas e especificações exigidas.
Outro indicador de grande importância, o OTD é complementar e mede o prazo de entrega das mercadorias, mesmo sem ter cumprido todos os requisitos. Avalia o tempo gasto entre o pedido e a entrega, apontando problemas na preparação e expedição.
No cotidiano da transportadora vale a pena dedicar atenção aos números de tempo total de carga e descarga, pois o desperdício de tempo nessas etapas pode ser suprido pela otimização dos serviços, com a liberação do veículo em menor tempo, o que colabora para melhorar os resultados.
Aqui o foco é medir o tempo médio em que os veículos ficam rodando com as mercadorias dos clientes, ou seja, o tempo gasto desde a saída do armazém até que sejam entregues.
Com ele é possível avaliar as rotas de entrega e definir o melhor trajeto, colaborando assim para a redução de custos e do tempo de entrega. Além disso, ajuda a reduzir os riscos de acidentes e de roubos de cargas, elevando a confiança dos clientes.
Essa métrica avalia os registros de eventos não planejados, como avarias, extravios, trocas ou devoluções. Ele pode ser segmentado, identificando as causas de cada ocorrência.
É essencial que seja mensurado, pois essas ocorrências geram aumento de custos, comprometem a produtividade e a satisfação do cliente.
Essa informação é utilizada para descobrir quanto tempo a empresa leva para solucionar um problema inesperado como um impedimento na estrada, por exemplo, pode ser útil para evitar a insatisfação dos clientes. Com essa informação será possível saber quando e como o gestor deverá exigir mais empenho da equipe.
Considerado um dos grandes termômetros de qualidade na operação de transporte de cargas, esse parâmetro deve merecer a atenção dos gestores na busca de soluções que elevem a qualidade do atendimento.
A opinião do cliente é relevante pois define as mudanças. Uma reclamação pode estar atrelada a diversos problemas em várias etapas da operação. Por isso, esse indicador requer análise mais profunda.
Esse parâmetro calcula quanto de receita cada quilo de carga transportada representa para a empresa. Isso ajuda a identificar o veículo que tem se mostrado mais produtivo e que tipo de veículo deve ser adicionado à frota.
A ideia de cruzar as informações de faturamento com gasto em combustível é manter os gastos abaixo do faturamento, evitando o prejuízo. Além disso, monitorar esses gastos ajuda no cálculo dos valores do frete.
Multas por quilômetro rodado
Para calcular esse indicador logístico é preciso dividir o total de multas de um período pelo total de quilômetros rodados no mesmo período. Esse KPI deve ser mantido o mais baixo possível. Afinal, as multas impactam significativamente o faturamento da empresa.
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Bacharel em jornalismo pela UFJF e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela mesma instituição.
Especialista em SEO, Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo. Experiência em redação para diversas mídias e campanhas com foco no setor logístico e de transporte rodoviário.
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