O que a sua roupa favorita, o lençol que te abraça durante a noite e muitos produtos de higiene têm em comum? O algodão! Hoje, vamos bater um papo sobre essa matéria-prima que cruza um longo caminho da plantação até a indústria. A gente ativou o modo pesquisa e vai te contar tudo o que você precisa saber sobre o transporte de algodão no Brasil.
A manipulação do material envolve alguns cuidados que garantem a qualidade da fibra. Bora entender quais são eles! Se o frio bater aí, pega aquela sua coberta de (adivinha) algodão, para deixar a leitura bem confortável!
A produção de algodão tem crescido significativamente no país, impulsionando a nossa economia. Prova disso é que estamos perto de bater a marca de três milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) na safra 2022/2023. Tudo isso em uma área plantada de 1,6 milhão de hectares.
Em 20 anos, esse número só foi atingido uma vez, em 2020. É muita coisa, né? Os números foram divulgados na 71ª Reunião da Câmara Setorial do Algodão e Derivados, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que aconteceu no Rio de Janeiro, entre 29 de junho e 2 de julho de 2023.
Mas para onde vai todo esse algodão? Bem, 650 mil toneladas vão abastecer o mercado interno (indústria de roupas nacional). O desafio é exportar o excedente para uma grande variedade de países. Os principais compradores da matéria-prima são:
Se liga no processo!
A qualidade da fibra do algodão está diretamente relacionada ao manejo adequado e à forma como a colheita é realizada. Em primeiro lugar, é importante realizar a colheita do algodão quando não há umidade excessiva no campo. Isso pode levar ao apodrecimento do algodão e afetar sua qualidade.
Após a colheita, o algodão é transferido das colheitadeiras para reboques específicos chamados de Bass Boy. Esses reboques possuem um cesto feito de tela e chapa metálica, acoplado a um trator de média potência. A função do equipamento é transportar o algodão até uma prensa compactadora, onde é feita preparação do produto para a formação de fardões.
O processo de descaroçamento é essencial para separar as sementes da fibra do algodão. Ele deve ser realizado de forma cuidadosa e eficiente para evitar danos à fibra.
Após o descaroçamento, o algodão deve ser enfardado em forma de pluma, que são fardos compactos contendo apenas as fibras de algodão. Essa etapa é feita na prensa compactadora é semelhante a um caixão metálico montado sobre pneus.
Ela possui um pistão com uma macieira que pressiona o algodão no compartimento, garantindo sua compactação. A prensa é acionada pela tomada de força do trator e por um motor hidráulico, que movimenta a estrutura.
Feito o enfardamento, os fardos (embalagem contendo fibra de algodão que pesa de 218 a 225 kg) devem ser armazenados adequadamente. A dica principal é limpar a área antes de colocar o material, evitando o contato direto com a terra e possíveis contaminações.
Uma camada de casquilhas de algodão deve ser adicionada para proteger o fundo do fardo. Os fardões devem ser cobertos por lonas plásticas em perfeitas condições, impedindo a entrada de água da chuva e sujeiras.
A maior parte do algodão (65%) é distribuída pelo modal rodoviário. No transporte do algodão, é importante escolher sacos de tecido de algodão ou de estopa para armazená-lo. Também é essencial não exceder a capacidade dos sacos, pois isso pode danificar as fibras.
Muita atenção à vedação! A carga deve ser coberta por lonas plásticas em boas condições, evitando perfurações que possam permitir a entrada de sujeira ou água da chuva. Uma boa ideia de fixação é prender os fardos com fita.
Para completar, o algodão é um material inflamável, sendo necessário evitar o uso de equipamentos com metais que possam causar faíscas e incêndios. Arames, além de causar furos na lona, causam faíscas. Portanto, devem ser evitados.
O algodão em caroço refere-se ao algodão que ainda possui a semente. Nesse tipo de transporte, é importante tomar medidas para evitar que os capulhos (o fruto do algodoeiro) caiam nas estradas e carreadores das fazendas.
Para isso, recomendamos o enlonamento dos fardos ou o uso de tábuas para evitar o deslocamento do algodão. Essas medidas garantem que o material chegue à usina ou ao destino final sem perdas.
No transporte do caroço de algodão, o desafio está na sua natureza a granel (sem embalagem) e na sua leveza. Para aumentar o peso da carga, é comum elevar a altura da carga nos caminhões. Se fizer isso, tome bastante cuidado para não exagerar e, assim, causar perda durante o trajeto.
No entanto, é importante verificar a estrutura do veículo para garantir que não haja buracos que possam levar à queda de caroços ao longo da rota. Também é necessário remover (com sopradores) os restos de caroços que possam cair durante o carregamento e garantir que a carga esteja compactada adequadamente na carroceria do caminhão.
O transporte de algodão no Brasil requer cuidados desde a colheita até a entrega final. O uso de reboques específicos, prensas compactadoras e lonas plásticas adequadas são essenciais para preservar a qualidade da fibra. Além disso, é necessário proteger a carga da umidade e prender bem ela no caminhão para evitar perdas e contaminações.
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