A mineração é um dos setores que mais cresceram no Brasil em 2021 e a expectativa de expansão do setor é de mais 3,5% em 2022, segundo dados do IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração). Importante para a exportação e na produção de automóveis, aeronaves, produtos de tecnologia, o transporte de metais é multimodal, principalmente ferroviário e rodoviário.
Quer saber tudo sobre a mineração no transporte rodoviário de cargas? Vem com a gente neste post.
Alta no preço das commodities
Diversos metais têm tido alta no preço devido a fatores no mercado internacional, principalmente em meio à Guerra entre Rússia e Ucrânia. No Brasil, de acordo com dados do IBRAM, os quatro principais metais do setor são:
• Minério de ferro, continua sendo o principal minério produzido pelo Brasil e corresponde a dois terços do setor;
• Ouro, em seguida, tem 11% de participação;
• Cobre, com quase 7% do faturamento;
• Alumínio, mais de 2% de receita.
Tipos de veículos para o transporte de minérios
Para que os minérios cheguem até os portos nacionais, eles precisam passar por um longo percurso, realizado por diferentes tipos de modais de transporte.
As cargas de minérios saem das companhias mineradoras pelos caminhões fora de estrada, um tipo de caminhão mais robusto que transita no interior das minas, e são transportadas nas estradas por caminhões rodoviários, que veremos a seguir.
Durante o caminho até os portos, os caminhões param em um terminal intermodal e transferem as cargas para os trens, que finalizam o transporte pelas ferrovias.
A relevância dos veículos pesados nessa modalidade
O que diferenciava os caminhões fora de estrada, para os caminhões rodoviários eram a robustez e a capacidade de carga.
Porém, hoje em dia existem caminhões rodoviários reforçados para essa modalidade que custam muito menos e têm operação e manutenção mais baratas.
Os caminhões basculantes ou de caçamba mais indicados para o transporte de minérios são:
• Munck
• Pipa
• Comboio
• ¾ 4×4 de cabine tripla
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Investimento no transporte de minérios
Apesar dos números significativos para economia, ainda estamos longe da eficiência de países como Estados Unidos e China.
Existe um potencial a ser explorado no modal hidroviário ou aquaviário, ligando com linhas ferroviárias, porém barrados pelos altos investimentos.
A relevância do modal ferroviário
Com basicamente toda a demanda centralizada no modal ferroviário, de todas as cargas transportadas nas ferrovias, a grande maioria está relacionada ao minério de ferro.
Atualmente, temos cerca de 29 mil km de extensão de ferrovias, quase 10 mil km foram construídos ainda durante o período do Império, época onde o modal era o principal meio de transporte de cargas do país.
Necessidade de investimento em infraestrutura
Para que o processo de transporte de minérios seja mais eficiente, é necessário investimentos e continuidade em projetos de expansão na malha ferroviária ou de ligação com outros modais como o hidroviário.
De acordo com um estudo da CNT (Confederação Nacional de Transportes), de 2011 a 2018, apenas 10,6% do valor total de investimento no modal hidroviário foi realmente feito pelo governo federal.
Ainda que os caminhões façam parte de processos de carregamento de minérios, devido ao baixo valor agregado deste tipo de carga costuma ser inviável o transporte em grandes rotas e volumes pelo modal rodoviário.
Existe grande potencial de exploração nos estados do Pará, Minas Gerais e Mato Grosso com a Vale e outras fontes mineradoras. Segundo o 7º Relatório Fretebras, o Pará foi o estado com mais fretes de minério de ferro em nossa plataforma.
Conclusão
Como falamos acima não há muitas saídas para melhoria do transporte de minérios que não sejam a expansão das linhas férreas e projetos hidroviários.
Geralmente o transporte rodoviário é utilizado em um carregamento pois o caminhão consegue levar os minérios diretamente para a siderúrgica. E mesmo que a malha ferroviária atendesse todo o trajeto, seria necessário outro meio de transporte para percorrer o restante do caminho.
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