A corrida do Brasil e do mundo contra o aquecimento global e a emissão de gases que causam o efeito estufa passa por diversas frentes, como a redução do desmatamento, otimização das criações de gado, diminuição da poluição das indústrias e por aí vai. Agora, sabia que, não só os veículos urbanos, mas também os caminhões são os maiores contribuintes deste cenário?
Segundo o estudo ClimateWatch do WRI, o consumo de energia realizado pelos seres humanos é a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa, sendo responsável por 73% do termômetro mundial. Quando falamos em energia nessa situação, inclui-se emissões fugitivas, transporte, eletricidade, geração de calor, fabricação, construção, edifícios e demais queimas de combustíveis fósseis.
Pra se ter uma ideia da diferença para outros setores que emitem o mesmo gás, o mesmo estudo aponta que a agropecuária fica em 12%, uso da terra, mudança no uso da terra e silvicultura com 6,5%, processos industriais de produtos químicos, cimento e outros com 5,6% e resíduos, incluindo aterros e águas residuais em 3,2%.
Tendo em vista o tamanho da incidência dos veículos movidos a combustíveis fósseis, junto a iniciativas para redução dos GEEs, como práticas ESG (Environmental, social, and corporate governance) e o acordo de Paris, empresas fabricantes de caminhões começaram a se movimentar e entregar ao mercado trucks movidos a gases naturais, eletricidade e os modelos híbridos (elétricos + diesel).
O transporte rodoviário de cargas movimenta mais de 60% do da movimentação de fretes no país, sendo aqui no Brasil também um dos principais emissores de CO2.
Fora isso, do ponto de vista de mercado, o assunto também trás variedade na hora de pegar a estrada, além de oportunidades de redução de custo e otimização de frota. Sendo assim, bora conhecer 3 tipos destes novos combustíveis que podem impulsionar seu caminhão por aí.
Estes tipos de caminhões costumam ter dois repositórios de combustível, um elétrico e um para diesel, enquanto um trabalha o outro desativa e vice-versa. Assim você balanceia o consumo do combustível fóssil e, inclusive, também consegue usar opções de origem “verde”, como biodiesel e HVO (ou diesel verde).
Infelizmente, este modelo de consumo ainda não chegou ao Brasil, existem apenas alguns veículos oferecidos pela Scania na Europa. Mas, a movimentação sobre o assunto é grande por aqui e logo devemos ter esta novidade nas nossas estradas.
Mais uma famosa opção de combustível nesta nova era dos transportes é o gás natural. Entre os mais famosos, temos o Gás Natural Veicular, Gás Natural Liquefeito e Biometano.
O funcionamento destes tipos de caminhões é bem similar aos de combustíveis comuns, sua grande diferença está na injeção do motor, que é do tipo Ciclo Otto. Ele foi criado em 1876 por Nikolaus August Otto para aproveitar melhor a energia da queima do combustível em um esquema de quatro tempos: admissão, compressão, expansão e exaustão.
Pra se ter uma ideia, com o GNV o veículo pode chegar a uma redução de até 15%, já com o Biometano – combustível oriundo do biogás – pode-se gerar até 90% de redução.
Aqui, não tem segredo quanto ao funcionamento, os tradicionais tanques de combustível dão lugar a uma potente bateria que movimenta os veículos com eficiência e baixo ruído, tendo modelos hoje com cerca de 200km de autonomia.
Não podemos negar que hoje o valor de compra é mais alto, mas o segredo está no custo operacional e no ganho a longo prazo, já que especialistas do setor apontam que ele pode ser 65% menor, tendo o preço do quilowatts x quilômetro mais baixo do que o do diesel.
Os modelos mais vendidos no Brasil são o e-Delivery, versão 4×2, com 11 toneladas, e o e-Delivery, versão 6×2, com 14 toneladas. Logo mais, também veremos por aí o FNM elétrico, da FNM-Agrale e o iEV1200T na versão 4×2, da JAC Motors, ambos com autonomia de 200 km. Além disso, também tem a BYD, que investe na produção de caminhões e ônibus elétricos.
Ainda falando sobre a corrida contra a emissão de CO2, temos um espaço reservado para falar também do biodiesel. Este combustível impulsiona veículos com motores movidos à diesel, sendo feito a partir de óleos vegetais e gordura de animais. Ele é um dos mais utilizados no mundo e faz parte de uma extensa lista quando falamos em agrocombustíveis, olha só:
De acordo com estudos realizados na USP (Universidade de São Paulo), o biodiesel produz baixa quantidade de GEEs e chega a reduzir em 72% de suas emissões.
A velocidade de crescimento e consumo do nosso mundo é gigantesca e, com isso, a humanidade e o mercado vão se adaptando às suas necessidades para que continuemos a preservar o planeta e suas riquezas. Assunto que tem tudo a ver com o nosso tema de hoje!
Junto a isso, entrando no funil do mercado, pessoas e empresas que utilizam caminhões e optam por combustíveis renováveis, também têm a oportunidade de otimizar custos e modernizar, tanto processos, quanto a sua própria frota.
Por isso, vale destacarmos algumas das vantagens do uso de combustíveis renováveis pra entendermos o quão, não só atual, mas urgente é a migração para o uso deste tipo de avanço.
Partiu preservar o planeta e impulsionar seus negócios? Este assunto ainda está sendo inserido no Brasil e as montadoras estão se adaptando à nova realidade, por isso, pode ainda não ser tão “simples” implementar esta ideia na sua realidade.
Mas, enquanto a roda vai girando, nós vamos aprendendo mais sobre este mercado e nos preparando para aproveitar seus benefícios. Esperamos que tenham curtido o conteúdo sobre tipos de caminhões! Continuem acompanhando nossos canais e conheça nossas soluções. Até a próxima!
Bacharel em jornalismo pela UFJF e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela mesma instituição.
Especialista em SEO, Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo. Experiência em redação para diversas mídias e campanhas com foco no setor logístico e de transporte rodoviário.
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