Quando as taxas de juros estão altas, elas podem afetar bastante o transporte de produtos industrializados. Mas para entender o porquê disso, você terá que continuar com a leitura deste texto. A gente foi atrás dos dados de economia e de transporte de 2022 para trazer, em primeira mão, uma análise completa para você!
A indústria não cresceu muito em 2022. O PIB do setor subiu apenas 1,6%, com queda de 0,3% no 4º trimestre. A produção caiu 2,2% em relação ao período pré-pandemia e 18,5% quando comparamos os dados ao nível recorde do segmento (maio de 2011).
Tudo isso por causa das altas taxas de juros, que desestimulam a atividade econômica. Elas foram as grandes vilãs da indústria porque muitas empresas dependem do crédito para suas operações. E, com esse financiamento mais caro, o que você acha que acontece? Queda na produção, nas vendas e no transporte de mercadorias.
Mesmo com a expectativa de redução da Selic a partir de agosto de 2023, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as taxas ainda vão ficar altas, o que pode afetar negativamente o crédito, os investimentos, o consumo e o comércio. A previsão é que a Selic termine o ano em 11,75% e a inflação em 6%, o que não é o melhor dos cenários para o comércio.
Mesmo assim, alguns setores, como o alimentício, conseguiram permanecer fortes no mercado. Já, já a gente te conta essa história.
A Selic é a taxa de juros que o Banco Central define e que serve como referência para todo o sistema financeiro do país. Quando a Selic sobe, os juros dos empréstimos, financiamentos e investimentos também sobem, o que pode desestimular o consumo e reduzir a inflação.
Por outro lado, quando essa taxa cai, os juros ficam mais baixos, o que estimula o consumo e pode aumentar a inflação. De forma bem simplificada, a Selic é uma ferramenta importante que o Banco Central utiliza para controlar a economia do país.
A falta de um planejamento de longo prazo e uma política industrial e tributária podem prejudicar a indústria. O problema é que quando o setor não atinge seu potencial máximo, o Brasil perde muito. Afinal, é o segmento que paga os melhores salários, traz mais tecnologia e inovação.
Uma das questões que mais preocupa os empresários é a queda da demanda dos produtos em geral. Isso é causado pelas taxas de juros altas, gerando o elevado nível de endividamento das famílias.
As concessões de crédito devem diminuir bastante em 2023, com uma retração de 1,9%. As principais razões que estão fazendo isso acontecer são a falta de demanda por crédito, o alto nível de inadimplência, mais dinheiro que os bancos precisam guardar e as restrições que eles colocam para liberação das solicitações.
Mas, apesar dos desafios enfrentados pelo setor como um todo, alguns ramos conseguiram se destacar. É o caso do segmento de produtos alimentícios, que registrou um crescimento de 2,4% em 2022, e a expectativa é de que continue em alta em 2023.
Isso se deve, em grande parte, ao aumento do consumo doméstico devido à pandemia, mas também ao fato de que os alimentos são produtos básicos para a sobrevivência, com demanda garantida mesmo em tempos de crise.
Outro setor que teve bom desempenho em 2022 foi o de máquinas e equipamentos. O aumento na produção de veículos leves e pesados contribuiu para o crescimento de 16,1% no volume de carga transportada pela área em 2022, em comparação com o ano anterior.
Embora tenham sido enfrentadas dificuldades por algumas áreas da indústria, principalmente devido à alta dos juros, agora, a perspectiva positiva para os negócios. A previsão para 2023 é de um aumento na demanda e também na contratação de novos funcionários.
Mas, para que a indústria brasileira possa se desenvolver ao máximo, é importante que sejam adotadas medidas que estimulem a atividade econômica e facilitem o acesso ao crédito e ao investimento. A redução das taxas de juros é uma dessas medidas.
As taxas de juros impactam muito o transporte de industrializados porque elas dificultam a operação das empresas, especialmente aquelas que dependem muito de crédito. Apesar de a indústria enfrentar esse desafio econômico, a área também apresenta boas oportunidades em setores como o de alimentos e o de máquinas.
Transporte de produtos industrializados, agro, construção civil… Para ter uma visão geral sobre tudo o que aconteceu no transporte rodoviário de cargas durante 2022, baixe a 9ª edição do Relatório Fretebras!
Bacharel em jornalismo pela UFJF e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela mesma instituição.
Especialista em SEO, Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo. Experiência em redação para diversas mídias e campanhas com foco no setor logístico e de transporte rodoviário.
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