Os custos logísticos de uma empresa podem equivaler a 19% do seu faturamento, segundo a Associação Brasileira de Movimentação e Logística (ABML) e, dentro dele, os custos de transportes se destacam.
Estudos mostram que eles já representam 59% dos custos logísticos, seguido pelos custos gerais (juros, impostos, obsolescência, depreciação, seguros), com 28%, e outros custos (armazenagem, despacho, administração), de 13%.
Custos logísticos no transporte de cargas
Num país com extensa área como o Brasil, em que cerca de 60% do transporte de cargas é realizado por rodovias, a conta pende para o lado das transportadoras, em gastos que envolvem a depreciação dos veículos, pneus, combustíveis, manutenção, entre outros.
Custo logístico e custo de transporte
Vale ressaltar que existe uma relação importante entre os custos logísticos e a satisfação e retenção de clientes. Assim, ao se avaliar a relevância do custo de transporte para a logística, fica clara a necessidade de buscar um equilíbrio.
Acima de tudo, é necessário que o transporte funcione bem, com as entregas sem atrasos, avarias e erros. Para conseguir isso de modo sustentável, controlando os custos, um bom sistema logístico é um grande aliado.
Redução de custos logísticos
Afinal, se a gestão dos recursos financeiros da empresa merece atenção constante, em tempos de pandemia essa atenção deve ser redobrada. A redução de custos e o aprimoramento da operação, quando feitas de forma planejada, são essenciais para que a empresa se mantenha competitiva no mercado.
Há muitas estratégias que podem ser implementadas para otimizar as operações logísticas, bem como as ações para a redução de custos. A seguir, preparamos um checklist do que pode ser feito:
É importante mapear todos os custos da transportadora
Com um panorama dos gastos da transportadora será possível realizar um comparativo de custos e orçamento, identificando gastos inadequados, pontos que precisam de atenção e tomar as decisões necessárias.
Definir metas e limites
A gestão fica mais controlada quando todos sabem onde a empresa quer chegar e quais os recursos disponíveis para auxiliar nesse objetivo.
Isso permite maior previsibilidade, sem contar que um limite de gastos bem estipulado acaba motivando a equipe.
Mapear os processos da cadeia de transporte rodoviário
Analisar cada etapa da operação é importante para obter uma noção mais ampliada da real situação e identificar problemas cuja solução pode chegar na redução dos custos logísticos sem necessariamente ter que recorrer a cortes.
A partir desse controle, fica mais fácil acompanhar o desempenho dos processos logísticos e planejar a redução de gastos.
Veja também – Implementos rodoviários e capacidade de transporte
Manter a frota em bom funcionamento
A ação resulta na disponibilidade dos veículos e nas entregas com eficiência, culminando na maior satisfação dos clientes. Afinal, caminhão quebrado é só despesa.
A situação pode complicar se o defeito aparece durante a entrega, deixando a carga à mercê dos riscos de segurança, extravio ou avaria, além do atraso. A manutenção preventiva sai mais barato do que os consertos emergenciais.
Gestão de frota
Elaborar um bom calendário de entregas, separar os veículos conforme as rotas, verificar as peculiaridades de entrega, otimizar a distribuição dos caminhos, ajudam a evitar atrasos, riscos de acidentes, multas e insatisfação dos clientes.
Esse controle reduz o desgaste e evita a ociosidade. Sempre que possível é preciso negociar cargas de retorno para aproveitar o percurso, reduzindo os trajetos ociosos. Além disso, é essencial aproveitar bem o espaço disponível no caminhão.
Veja também – 5 dicas para otimizar a sua rota de caminhão ociosa
Fazer entrega eficiente
Um bom planejamento torna viável chegar a rotas eficientes, que levem em conta a menor distância, as melhores e mais seguras estradas, a possibilidade de realizar várias entregas durante a mesma viagem.
Uma programação de rotinas mais inteligentes e otimizadas ajuda a reduzir os riscos, os custos e a melhorar as entregas. A tecnologia pode ajudar na seleção do melhor trajeto, otimizando tempo e custos.
Evitar erros operacionais
Ao utilizar um sistema mais moderno e integrado com outras tecnologias utilizadas na empresa para controlar e reduzir custo de transporte, é possível detectar gargalos nos processos logísticos que estejam prejudicando a eficiência da operação e gerando perda de tempo e dinheiro com erros e retrabalhos.
Aprimorar a conferência
Utilizar o apoio da tecnologia para melhorar etapas da operação logística, como a conferência de produtos, é importante.
A checagem manual, além de ser mais lenta, é passível de erros que no final das contas serão convertidos em custos.
Para evitar que isso aconteça e ainda ter uma gestão logística mais eficiente, a conferência com o uso de radiofrequência, por exemplo, é cada vez mais utilizada para trazer agilidade.
Atenção à legislação
Garantir que veículos e cargas circulem com os documentos e notas fiscais em dia, evitando problemas com o fisco que podem ocasionar multas ou até mesmo a retenção de caminhão é essencial.
A empresa deve manter uma comunicação clara com uma assessoria jurídica para garantir que não tenha problemas com a legislação e a necessidade de arcar com despesas.
Capacitar a equipe
Investir em treinamento e capacitação da equipe da transportadora é a melhor forma de torná-la mais produtiva – isso inclui os motoristas.
Capacitá-los é vital para a segurança e eficiência do transporte de cargas e ajuda a promover uma economia de combustível e prolongar a vida útil do caminhão.
Cuidar da automatização de processos
Investir em tecnologias voltadas para a automação de processos é mais um passo para a redução de custos de transporte.
Por meio de um software de gestão, é possível obter esse benefício, aliado a aumento da produtividade, redução da incidência de erros e melhora na qualidade do serviço, além de contar com um levantamento de dados confiáveis para tomadas de decisão.
Utilizar plataforma de frete online
Ao associar-se a uma plataforma de fretes como a Fretebras, a transportadora conta com a possibilidade de publicações ilimitadas de fretes para os mais de 700 mil caminhoneiros autônomos cadastrados na ferramenta.
Controlar o desempenho
Os indicadores de desempenho (KPIs) são ferramentas de gestão que ajudam a identificar os resultados dos processos, as falhas e as oportunidades de melhoria.
Métricas como custos com fretes, índices de avarias e extravios, satisfação dos clientes, quantidade de reentregas devem ser acompanhadas.
Merecem destaque o custo médio por viagem, consumo de combustível por quilômetro rodado, custos com manutenções preventivas e corretivas, índice de depreciação dos veículos, índice de depreciação dos veículos, sinistros, índice de multas. A escolha depende da estratégia e objetivos da empresa.
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Edu Ribeiro
Formação:
– Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela UNISA.
– Pós-graduado em Gestão de Projetos Digitais pelo SENAC SP.
Perfil Profissional:
Jornalista especializado em transporte e logística rodoviária.
Áreas de Interesse:
– Gestão de Frota
– Sustentabilidade no Transporte
– Inovação e Tecnologia
– Segurança Rodoviária
– Infraestrutura e Logística