Como encontrar cargas e frota de caminhão e manter a saúde financeira da sua transportadora
Organizar a empresa, ampliar horizontes e contar com a tecnologia na administração da transportadora são passos importantes para quem tem de fazer rodar a lucratividade de uma frota de caminhão, própria ou terceirizada.
Manter a saúde financeira das empresas no Brasil tem sido um desafio já há algum tempo, que dirá em ano de pandemia que virou a economia de todos os países de cabeça pra baixo. As orientações sobre ampliar horizontes e conter custos nunca foram tão fortes e necessárias nesse momento, principalmente para as transportadoras que ainda têm de cuidar de uma frota de caminhão para prosperar.
A ociosidade tem marcado ponto no transporte de cargas, chegando a 20%, o que em outras palavras significa capital imobilizado e prejuízo. O impacto varia de acordo com as características da transportadora, mas o fato é que a tão procurada redução de custos acaba indo pelo ralo com a frota de caminhão parada, pois não traz retorno financeiro e ainda gera gastos com manutenção preventiva, impostos e seguros, sem falar na folha de pagamento dos motoristas.
O caminhão que roda vazio também é um problema que gera despesas, as mais frequentes com combustível e pedágios. Para completar, a coisa toda vira um círculo vicioso de saída difícil. O melhor a fazer é aperfeiçoar a qualidade dos serviços, revisando processos para reduzir desperdícios dentro da empresa e aumentar a produtividade, acompanhando sempre os indicadores de desempenho que ajudam a detectar erros e problemas operacionais. Investir em tecnologia é imprescindível.
Procurando cargas
Com uma frota de caminhão nas mãos, a procura de carga pelo gestor não é tarefa fácil e envolve primeiramente repensar os serviços da transportadora para verificar se estão compatíveis com a demanda. O ideal é conversar com os gestores dos clientes para entender o momento que estão atravessando e colaborar com as soluções.
Na plataforma para empresas da Fretebras, as transportadoras assinantes podem colocar à disposição uma frota de caminhão, para gerar mais lucro e diminuir os custos com ociosidade, por exemplo. Essa tem sido uma excelente alternativa para os clientes da Fretebras.
Aumentar a área de atuação da transportadora pode ser uma boa estratégia. É possível melhorar a oferta de caminhões nas regiões carentes desse meio de transporte de cargas por meio da contratação de motoristas autônomos. Basta identificar as regiões em que o cliente não consegue encontrar caminhões e contratá-los, de preferência com o uso de soluções mais rápidas e eficazes como os aplicativos de busca.
A plataforma de Fretebras, por exemplo, conta com mais de 390 mil caminhoneiros cadastrados que acessam as ofertas de 400 mil fretes mensais, de forma rápida e eficaz. Isso significa uma grande frota de caminhão à disposição.
A subcontratação de transportadoras é outra opção para conseguir realizar mais fretes. Na verdade a estratégia garante aqueles que sua empresa teria de recusar por terem como destino alguns locais fora da área de abrangência ou cargas que necessitam de carrocerias diferentes da que a empresa possui.
O frete retorno, por sua vez, é o sonho de consumo de toda a frota de caminhão, pois garante que o veículo não volte vazio. Mas isso não é tão fácil de arrumar quanto se imagina, principalmente em regiões com poucas indústrias. Para garantir a volta é preciso buscar essa carga antecipadamente e nisso as plataformas de fretes também saem na frente. Por meio de aplicativos, os caminhoneiros já são informados sobre novas cargas antes mesmo de chegar ao destino. Outras opções são o contato antecipado com transportadoras da região, para tentar uma parceria, ou arriscar a procura nas redes sociais.
Saúde financeira
Rever processos, ampliar a área de atuação, buscar cargas são bons caminhos a seguir. Mas para que tudo dê certo é necessário um bom planejamento financeiro que vai ajudar a empresa a se preparar para tantos desafios. Além da frota de caminhão, para a melhoria da gestão financeira de uma transportadora é necessário olhar para:
1 – Fluxo de caixa – Manter o fluxo de caixa atualizado ajuda na visualização de problemas futuros e na tomada de decisão, possibilita antecipar inadimplências e negociar com fornecedores.
2 – Obrigações fiscais – Conhecer as obrigações fiscais da transportadora é um passo importante para evitar problemas, principalmente as multas. As mais importantes e conhecidas são CTe e MDFe. As documentações complementares são igualmente importantes assim como as demais exigências legais, como o registro na ANTT, o CIOT e PEF (em caso de trabalho como motorista autônomo).
3 – Indicadores financeiros – Alguns indicadores financeiros, como tíquete médio e rentabilidade, trazem uma visão da situação financeira da transportadora. Mas cada empresa tem os indicadores que merecem ser monitorados e cabe ao gestor identifica-los e acompanhar o mercado.
4 – Tecnologia como aliada – Para a administração financeira da transportadora é necessário o apoio de ferramentas que facilitem o controle de toda a movimentação, como um software especializado em gestão, simples de manusear e capaz de fornecer relatórios, com os dados que o gestor precisa para a tomada de decisão.
5 – Organização – Abastecer os softwares com informações atualizadas sobre as finanças da transportadora é imprescindível para o bom andamento financeiro da empresa. Por isso, a organização é fundamental e inclui o controle total e diário de entradas e saídas, mesmo os pequenos gastos. Essa organização permite uma visão clara da situação, acerta os rumos da empresa e aponta os caminhos para novos investimentos.
6 – Assessoria contábil – Contar com o auxílio de uma assessoria contábil é uma atitude mais do que estratégica, pois a gestão financeira de uma transportadora não é tarefa simples, principalmente diante do complexo sistema tributário que vigora no país. A assessoria pode ajudar na definição do regime de tributação, na emissão de documentos fiscais ou até mesmo evitar erros de lançamento.
Continue acompanhando as notícias e novidades do setor de transporte de cargas.