Se a pandemia já havia afetado diversos setores da economia mundial, a guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe de volta incertezas econômicas e sociais.
No cenário brasileiro, a dependência de alguns insumos faz com que as importações sejam fundamentais para o desenvolvimento de áreas da indústria, do agronegócio e da construção civil.
Mas que impactos a guerra traz na economia brasileira? E como isso se reflete no transporte rodoviário de cargas? Como o transporte de fertilizantes pode se preparar?
Vamos falar sobre cada ponto, parceiro. Embarque nessa com a gente!
O Brasil, assim como os Estados Unidos, é um dos países que mais produz grãos no mundo, sendo o campeão na produção de soja.
Segundo o último Relatório Fretebras, o setor agrícola foi responsável por 36,6% dos fretes publicados na nossa plataforma só no ano passado.
Pela importância do agronegócio e da produção agrícola no Brasil, o consumo de fertilizantes é bastante alto e acaba sendo fundamental para a atividade. O transporte de fertilizantes é uma atividade chave nesse cenário.
Para entender melhor sobre o assunto, é preciso destacar que fertilizantes são substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de um ou mais nutrientes vegetais. Eles são essenciais para o melhor desenvolvimento e desempenho das lavouras.
Aqui no Brasil, nossa produção é focada principalmente em commodities, ou seja, nas matérias-primas para exportação.
Por isso, nosso país é o 4º importador mundial de NPK, o trio de macronutrientes nitrogênio-fósforo-potássio. Eles são muito utilizados para a nutrição do solo e são conhecidos como fertilização química.
Segundo uma matéria publicada no UOL, o Brasil importa 90% do potássio necessário para compor a tríade de macronutrientes, sendo que cerca de 30% desse total vem da Rússia.
Dessa forma, com as tensões entre o Ocidente e a Rússia e o aumento de sanções econômicas ao país, empresas de transporte e logística marítima cessaram as atividades.
“A suspensão das entregas do fertilizante cloreto de potássio, originário da Rússia, comprometerá nossa produção e produtividade agrícola”, disse a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) após as sanções.
Do lado de cá, a diminuição dos fretes de fertilizantes importados traz incertezas e impactos para a nossa produção agrícola.
O impacto acontece principalmente na quantidade e na qualidade da produção de grãos para importação, com a soja, o milho, o trigo, entre outros.
A colheita pode ser reduzida em termos de quantidade e de produtividade ao longo do ano, aumentando custos e, consequentemente, fazendo subir os preços das commodities.
Isso também impacta na competitividade da agricultura brasileira em relação a outros produtores mundiais.
No caso do setor do transporte rodoviário de cargas, a preocupação é que o número de fretes diminua e impacte também empresas transportadoras e caminhoneiros autônomos.
Em relação à produção de alimentos para o mercado interno, a diminuição de fertilizantes poderá fazer o preço dos alimentos subirem por aqui, acumulando uma inflação que em março chegou a 3,09%.
Para conter os elevados impactos que a importação de grande parte dos fertilizantes químicos utilizados no Brasil trouxe, o Governo Federal lançou via decreto o Plano Nacional de Fertilizantes.
O objetivo é buscar novas formas de extração de matérias-primas para fertilizantes. A nota lançada pelo Governo afirma que:
“Além da redução da dependência externa, o PNF ainda apresenta oportunidades em relação a produtos emergentes como os fertilizantes organominerais e orgânicos (adubos orgânicos enriquecidos com minerais, por exemplo) e os subprodutos com potencial de uso agrícola, os bioinsumos e biomoléculas, os remineralizadores (exemplo, pó de rocha), nanomateriais, entre outros.”
Alguns eixos do plano ainda serão discutidos com o Congresso Nacional e dependem de articulação, mas separamos os 8 pilares já anunciados pelo Governo Federal:
Como vimos, a guerra está impactando diretamente em mercados de todo o mundo. No Brasil, a dependência de insumos de fertilizantes importados prejudica a nossa produção agrícola, uma vez que as entregas de potássio foram suspensas.
Consequentemente, os preços tendem a aumentar por aqui e prejudicar produtores, consumidores e também transportadores de cargas.
Aqui na Fretebras, seguimos mapeando dados sobre o mercado de transporte e criando maneiras de ajudar transportadoras e caminhoneiros a fechar mais negócios, em menos tempo.
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Bacharel em jornalismo pela UFJF e mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela mesma instituição.
Especialista em SEO, Inbound Marketing e Marketing de Conteúdo. Experiência em redação para diversas mídias e campanhas com foco no setor logístico e de transporte rodoviário.
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