A crise mundial gerada pela pandemia do covid-19 sacudiu também o setor de cargas, que acompanha as mudanças e a adaptação do mercado. Quer saber mais? Acompanhe o artigo.

 

Coronavírus e o transporte de cargas

De repente, o que parecia mais uma gripe transformou-se em pandemia e começou a ceifar vidas planeta afora, especialmente as de idosos e pessoas com doenças pré-existentes. O covid-19, mais conhecido como coronavírus, chegou ao Brasil em janeiro e não demorou a mudar o ritmo de vida de toda a população. 

Em março o brasileiro já estava fechado em casa, em isolamento social, para se prevenir do contágio. Estudantes sem escola, Home Office para quem teve oportunidade, visitas a parentes e amigos canceladas até segunda ordem. Nas ruas desertas, lojas e shoppings fechados. Só funcionam os serviços essenciais, como supermercados, farmácias e padarias, entre outros. 

Mudanças no comportamento de consumo

O cenário geral mudou, incluindo aí o comportamento de consumo que passou a ser quase que totalmente online. Aliás, quase 40% dos atuais clientes virtuais fizeram sua primeira compra em março, de acordo com estudo da SmartCommerce, plataforma de comércio eletrônico para marcas de produtos embalados. 

 

O mundo em quarentena

Em todo o mundo, o impacto no mercado foi grande. De acordo com a Nielsen, as mudanças de hábito que mais se destacaram foram:

  • Crescente interesse por produtos para a manutenção geral da saúde e bem-estar.
  • Priorização de produtos essenciais para a contenção do vírus, saúde e segurança pública.
  • Armazenamento de alimentos e uma vasta gama de produtos de saúde.
  • Aumento das compras online e diminuição das visitas às lojas.
  • Viagens de compras restritas, preocupações com o aumento do preço.
  • Retorno às rotinas diárias, mas com cautela renovada sobre a saúde.

Mas não há como deixar de reconhecer que nada funciona sem o setor de transporte de cargas. As empresas agora precisam rever suas estratégias, pois a pandemia acelerou alterações no supply chain para atender algumas mudanças de pico nunca antes imaginadas. 

Em fevereiro e março, o e-commerce de categorias de bens de consumo cresceu mais de 100%, se comparado ao mesmo período de 2019: saúde (111%), beleza e perfumaria (83%) e supermercados (80%), de acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) e pelo Movimento Compre & Confie. 

Seguramente, muitos centros de distribuição terão a automação impulsionada, bem como as soluções em nuvem que permitirão respostas mais rápidas.

Empresas de logística, transportadoras e concessionárias de rodovias estão tomando medidas para aumentar a segurança para caminhoneiros autônomos e garantir o abastecimento em meio à pandemia, já que a grande maioria das cargas do País é transportada por modal rodoviário. 

 

Adaptação geral

A adaptação teve início rapidamente em vários setores da indústria. Grande parte das empresas vem ajustando as linhas de produção para atender as demandas que chegam com a crise, como álcool em gel, máscaras de proteção e ventiladores pulmonares, buscando gerar receitas e manter empregos durante o isolamento social.

Os setores essenciais, como alimentos, medicamentos e artigos para limpeza e saúde se mantêm, mas enfrentam dificuldades com insumos e logística. Os demais estão se adaptando para suprir as necessidades. 

Muitas mudanças já começaram. Enquanto a indústria de respiradores acelera a produção, a automobilística tenta coordenar a tarefa de consertar os que estão encostados por algum defeito, já que das 65 fábricas do setor, 37 estão paradas.

O setor têxtil, que trabalha com ociosidade de 80%, também está se mobilizando para confeccionar máscaras de proteção. As cervejarias estão produzindo álcool em gel e se reinventando assim como muitas outras indústrias. 

Na mira da sociedade, que não deseja mais se deixar levar apenas pelas propagandas, as marcas passaram a ter valor por atenderem realmente as necessidades dos consumidores e é nessa pegada que vão sobreviver. É importante que os símbolos dessas marcas, gente famosa, artistas, consigam comunicar a ideia de preocupação com a saúde dos consumidores.

A Amazon já comunicou aos clientes que dará prioridade ao envio de suprimentos médicos e outros produtos de alta demanda e necessidade. A gigante implementou uma opção, sinalizada pelos clientes no momento da compra, de baixa prioridade para que possam desafogar o sistema e colaborar com os mais necessitados. 

A empresa também está bloqueando a venda de produtos que tenham sofrido aumento de preço por conta da forte demanda e tem tornado públicas as medidas que têm adotado quanto à limpeza das suas instalações, saúde e bem-estar de seus funcionários.

 

Fretes online: migração off-line para online

No último mês, com a grande migração para o consumo online e quem já operava no e-commerce tem agora a chance de compensar a falta de consumidores em suas lojas físicas, embora o fantasma da preocupação quanto ao manuseio dos produtos no momento de envio ainda continue vagando pelas mentes dos consumidores.

As empresas que ainda estavam cogitando apostar no comércio eletrônico, agora estão acelerando os processos de entrada, pois enxergaram esta como uma das melhores saídas para continuarem operando.

Dentre os setores do comércio eletrônico em crescimento, mesmo diante da pandemia, estão aqueles considerados básicos, como alimentação, supermercados, pets, higiene, farmácias e drogarias, produtos hospitalares.

Quem ainda não tinha presença online tratou de tirar os projetos da gaveta, como os supermercados que ainda caminham a passos lentos nessa área no Brasil e que terão uma boa oportunidade de entrar no radar dos consumidores de forma definitiva. 

Atualizar o mix e revisar o plano de trabalho das transportadoras são boas medidas para não ser pego de surpresa, afinal, a maioria das compras só vai se concretizar com as condições de entrega. 

As empresas de delivery se beneficiaram da quarentena. Com as pessoas em casa, aumentou significativamente a procura por entregas de todo tipo: refeições, alimentos para pets, remédios. Tanto é que as gigantes do setor de transporte por aplicativo correram para adaptar suas plataformas ao novo contexto.

Companhias menores do setor também se beneficiaram com o salto na demanda e tiveram que dobrar contratações para atender os clientes. 

 

Desafio para o setor de cargas

Menos trabalho e renda, dificuldades para seguir viagem sem combustível, falta de locais para alimentação e higiene pessoal. Assim os caminhoneiros enfrentaram bravamente os primeiros dias de quarentena e da parada quase total das atividades pelo coronavírus. Encontraram de tudo, carregamentos parados, frete fora da tabela e mesmo assim não desistiram. 

A demanda de vários produtos diminuiu, mas a de outros cresceu significativamente. E todos passam pelo setor de cargas, pelo caminhão. Dados da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) dão conta de que os caminhoneiros movimentam 60% da demanda de mercadorias do país, percorrendo os 1,7 milhões de quilômetros em estradas que cobrem o território nacional. 

Para os motoristas autônomos, aqueles que usam caminhão próprio e que não têm vínculo com empresa, a busca por fretes é mais difícil. Muitos dependem de agenciadoras para encontrar trabalho e muitas vezes passam vários dias sem conseguir fechar nova viagem. Por isso, as plataformas que conectam o motorista às transportadoras via aplicativo vem se mostrando uma boa e eficiente alternativa, não só nos momentos de crise. 

Na verdade, o setor de transporte provou que tem capacidade para enfrentar os efeitos da crise do coronavírus e absorver as demandas.

Não será por esse motivo que haverá alteração no abastecimento. Muitas empresas, que ainda contavam com terminais de carga e pontos de parada de caminhoneiros para encontrar quem transportasse sua carga, encontraram tudo fechado, desativado em função da quarentena.

Essas empresas também migraram para soluções online de frete, como a da Fretebras, por exemplo, plataforma que conecta empresas e caminhoneiros de forma totalmente online e permite que as empresas encontrem motoristas em todas as regiões do país e caminhões específicos para cada tipo de carga.

Com o trabalho dos caminhoneiros autônomos aliado à tecnologia das plataformas de divulgação de fretes, o impacto na receita das transportadoras tende a ser bem menor.

Segundo especialistas, se o cenário se prolongar por muito tempo, poderá haver um colapso na entrega das chamadas cargas secundárias, as de produtos que não são essenciais. 

As transportadoras terão de adequar a força de trabalho para atingir o equilíbrio. 

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A Fretebras é uma plataforma online para divulgação de fretes, veículos, produtos e serviços do setor de transporte rodoviário de cargas.

Ela conecta motoristas e transportadoras, interessados na entrega de cargas pelo País, e possibilita que combinem o frete sem intermediários, facilitando a rotina dessas empresas e possibilitando resultados expressivos em relação a prazos e eficiência.

Assim, através dessa ferramenta de comunicação interativa, caminhoneiros, frotistas, transportadoras e embarcadores economizam tempo e dinheiro com o uso da tecnologia como aliada.

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