O preço do frete para caminhão está relacionado a três processos: a coleta, o transporte e a entrega até o destino.
Esses valores e as taxas praticadas influenciam tanto na precificação das mercadorias quanto na contratação de serviços logísticos.
Tabelas de frete
Tais valores refletem também na remuneração dos caminhoneiros, que, em 2018, fizeram uma grande paralisação que afetou o abastecimento dos supermercados e dos postos de combustíveis.
A razão era a solicitação de um acordo entre o governo e a categoria para a melhoria na definição dos fretes, que reflete no ganho dos motoristas e das empresas.
Daí, surgiu a Tabela de Fretes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A seguir, vamos mostrar como é feito o cálculo dos fretes para caminhão e quais fatores devem ser considerados. Boa leitura!
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Como funcionam as tabelas de frete da ANTT?
A tabela de frete mínimo da ANTT foi definida na Resolução n° 5.820/2018 e sancionada pela Lei nº 13.703/2018.
Essa nova metodologia considera as características da carga, os custos, a quilometragem necessária, o tempo e a quantidade de eixos.
É importante lembrar que essa tabela sofre mudanças todo dia 20 de janeiro e 20 de junho de cada ano.
A partir dessas variáveis, são estabelecidos valores mínimos que servem como base para a definição do frete para caminhão. Vale ressaltar que a transportadora não está obrigada ou restrita a atuar com os valores dessa tabela, já que ela foi feita para fins de base como orientação sobre o mínimo que deve ser pago e respeitado.
Quais são os fatores utilizados para calcular o frete para caminhão?
Os valores e as tabelas de frete variam conforme as particularidades da carga, do transporte em si e do caminhão utilizado.
Vale lembrar que os pedágios não estão inclusos no cálculo, sendo assim, o valor do frete para caminhões é aquele produzido pelo cálculo da tabela da ANTT somado ao pedágio.
Quanto aos elementos da tabela de frete para caminhão, a ANTT divide os custos em duas categorias — a primeira é dos custos fixos; e a segunda, dos variáveis.
Custos fixos
Os custos fixos são aqueles que não sofrem alterações conforme o tipo de carga ou a distância do transporte. Inclusive, eles existem até quando o caminhão está parado. Entre eles, é preciso considerar o tipo e o tamanho do veículo para avaliar a depreciação e a quantidade de carga que pode ser transportada.
Custos variáveis
Os custos variáveis são aqueles que oscilam conforme a distância e as demais particularidades do transporte, como o tempo de trabalho necessário do motorista, o combustível, o valor da diária do veículo e o custo mensal, que considera a manutenção do caminhão.
Como fazer o cálculo do frete para caminhão?
Primeiramente, você precisa ter em mãos a tabela de frete para caminhões da ANTT, pois ela será a sua base de cálculo. Depois, é preciso identificar o tipo de carga transportada e a distância da viagem e localizar na tabela.
Na sequência, anote o valor de custo do quilômetro por eixo, que também está na tabela. Esse valor deve ser multiplicado pela quantidade de eixos do caminhão. Por fim, multiplique-o pela quilometragem necessária. Confira no exemplo:
- tipo de carga: geral;
- valor do custo do quilômetro por eixo: R$ 0,98;
- quantidade de eixos: 3;
- quilômetros do transporte: 1000.
O seu cálculo será: 0,92 x 3 = R$ 2,76. Se multiplicado pela quilometragem, ficará: 2,76 x 1000 = R$ 2.760,00, que é o valor mínimo do seu frete para essa ocasião.
O frete para caminhão, mesmo com a tabela da ANTT, pode sofrer variações se o serviço for prestado por meio de transportadoras ou de profissionais autônomos, por exemplo. Exatamente por isso, foi de grande importância a definição de valores mínimos que devem ser respeitados, já que permitem uma margem de lucro satisfatória para a empresa e para o motorista.
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Edu Ribeiro
Formação:
– Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela UNISA.
– Pós-graduado em Gestão de Projetos Digitais pelo SENAC SP.
Perfil Profissional:
Jornalista especializado em transporte e logística rodoviária.
Áreas de Interesse:
– Gestão de Frota
– Sustentabilidade no Transporte
– Inovação e Tecnologia
– Segurança Rodoviária
– Infraestrutura e Logística